Círculos de mulheres podem ser vistos como um movimento evolucionário e revolucionário que está escondido por trás de uma imagem aparente: parece ser apenas um grupo de mulheres reunidas, mas cada mulher e cada Círculo está contribuindo para algo muito maior (Jean Shinoda - "O milionésimo círculo").



18 de setembro de 2011

A imagem da mulher na mídia

O Controle Social da Imagem da Mulher na mídia.


Vídeo super interessante! E discussão mais do que relevante para a sociedade brasileira e mundial.

http://vimeo.com/13125905

Seja escritora de sua vida!



Se é pra viver, vamos viver direito.
Com conteúdo.
Troque o verbo, mude a frase, inverta a culpa.
O sujeito da oração é você.
A história é sua, mãos à obra! Melhore aquele capítulo,
jogue fora o que não cabe mais, embole a tristeza,
o medo, aceite seus erros, reescreva-se.
Republique-se. Reinvente-se.
E transforme-se na melhor edição feita de você.

(Fernanda Mello)

9 de setembro de 2011

O arquétipo da Mulher Selvagem


"O arquétipo da Mulher Selvagem, bem como tudo o que está por trás dele, é o benfeitor de todas as pintoras, escritoras, escultoras, dançarinas, pensadoras, rezadeiras, de todas as que procuram e as que encontram, pois elas todas se dedicam a inventar, e essa é a principal ocupação da Mulher Selvagem. Como toda arte, ela é visceral, não cerebral. Ela sabe rastrear e correr, convocar e repelir. Ela sabe sentir, disfarçar e amar profundamente. Ela é intuitiva, típica e normativa. Ela é totalmente essencial à saúde mental e espiritual da mulher."

"Todas nós temos anseio pelo que é selvagem. Existem poucos antídotos aceitos por nossa cultura para esse desejo ardente. Ensinaram-nos a ter vergonha desse tipo de aspiração. Deixamos crescer o cabelo e o usamos para esconder nossos sentimentos."

"O espectro da Mulher Selvagem ainda nos espreita de dia e de noite. Não importa onde estejamos, a sombra que corre atrás de nós tem decididamente quatro patas."

Clarissa Pinkola Estés ("Mulheres que correm com os lobos")


Para se conectar a alma selvagem... Compartilho uma canção de Lisa Thiel e Ani Williams, "Wolf Chant".
http://www.youtube.com/watch?v=dqPbYlxueTg

A verdadeira beleza...

(pintura de Hélene Beland)

Segredos de beleza de uma mulher
(Poema de Sam Levenson)

1.

Para ter lábios atraentes, diga palavras doces.

2.

Para ter olhos belos, procure ver o lado bom das pessoas.

3.

Para ter um corpo esguio, divida sua comida com os famintos.

4.

Para ter cabelos bonitos, deixe uma criança passar seus dedos por eles pelo menos uma vez por dia.

5.

Para ter boa postura, caminhe com a certeza de que nunca andará sozinho.

6.

Pessoas, muito mais que coisas, devem ser restauradas, revividas, resgatadas e redimidas; jamais jogue alguém fora.

7.

Lembre-se que, se alguma vez precisar de uma mão amiga,
você a encontrará no final do seu braço. Ao ficamos mais velhos, descobrimos porque temos duas mãos, uma para ajudar a nós mesmos, a outra para ajudar o próximo.

8.

A beleza de uma mulher não está nas roupas que ela veste, nem no corpo que ela carrega, ou na forma como penteia o cabelo. A beleza de uma mulher deve ser vista nos seus olhos, porque esta é a porta para seu coração, o lugar onde o amor reside.

9.

A beleza de uma mulher não está na expressão facial, mas a verdadeira beleza de uma mulher está refletida em sua alma. Está no carinho que ela amorosamente dá, na paixão que ela demonstra.

10.

A beleza de uma mulher cresce com o passar dos anos...

Oração da mulher

(Rassouli's Ladies art)

Mulher

Neste planeta, onde as trevas imperam,
eu suplico, Mãe Santíssima,
envolvei em Vosso puro manto os corações das mulheres; Que, fortificadas por Vosso amor,
nossas irmãs de jornada não se percam pelos caminhos da vaidade, dos vícios.
Às mulheres foi dado o dom da vida.
Que isto esteja presente em seus corações
e em seus espíritos. Mães, esposas, irmãs,
amigas, namoradas, a mulher é sempre a luz
que deve iluminar o caminho de seus
companheiros. Desde o berço, o amor materno
nos ensina que na mão da mãe encontramos
a segurança que precisamos para crescer;
É através de seus ensinamentos que
adquirimos confiança para seguirmos
em nossa jornada.
Permiti, Mãe Santíssima, que nossas irmãs
não se desviem do caminho traçado por Deus, esquecendo que são elas as flores, as luzes que
devem alegrar e iluminar a vida;
os ombros amigos que deverão estar sempre
prontos para o descanso e conforto daqueles
que necessitem; a palavra amiga, sincera e conselheira a manifestar-se sempre que
se fizer preciso. Que nunca falte à mulher
um sorriso para distribuir e que ela saiba
de que seu sorriso depende a alegria de seus companheiros de jornada.
Enfim, Mãe, protegei as nossas irmãs,
para que nesta encarnação elas possam
sair vitoriosas na sublime missão
que lhes foi confiada.

(Marina C. Cruz)

1 de setembro de 2011

A Teia da Vida




Compartilhando esse belo texto escrito por Daniel Munduruku...


Não somos donos da Teia da Vida

Meu avô costumava dizer que tudo está interligado entre si e que nada escapa da trama da vida. 

Ele costumava me levar para uma abertura da floresta e deitava-se sob o céu e apontava para os pássaros em pleno vôo e nos dizia que eles escreviam uma mensagem para nós. “Nenhum pássaro voa em vão. Eles trazem sempre uma mensagem do lugar onde todos nos encontraremos”, dizia ele num tom de simplicidade, a simplicidade dos sábios.

Outras vezes nos colocava em contato com as estrelas e nos contava a origem delas, suas histórias. Fazia isso apontando para elas como um maestro que comanda uma orquestra. Confesso que não entendia direito o que ele queria nos dizer, mas o acompanhava para todos os lugares só para ouvir a poesia presente em sua maneira simples de nos falar da vida.

Numa certa ocasião ele disse que cada coisa criada está em sintonia com o criador e que cada ser da natureza, inclusive o homem, precisa compreender que seu lugar na natureza não é ser o senhor, mas um parceiro, alguém que tem a missão de manter o mundo equilibrado, em perfeita harmonia para que o mundo nunca despenque de seu lugar. “Enquanto houver um único pajé sacudindo seu maracá, haverá sempre a certeza de que o mundo estará salvo da destruição”. Assim nos falava nosso velho avô como se fôssemos – eu e meus irmãos, primos e amigos – capazes de entender a força de suas palavras. 

Só bem mais tarde, homem adulto, conhecedor de muitas outras culturas, pude começar a compreender a enormidade daquele conhecimento saído da boca de um velho que nunca tinha sequer visitado a cidade ao longo de seus mais de 80 anos.

Percebi, então, que meu avô era um homem com uma visão muito ampla da realidade e que nós éramos privilegiados por termos convivido com ele. Estas lembranças sempre me vêm à mente quando penso na diversidade, na diferença étnica e social. Penso nisso e me deparo com a compreensão de mundo dos povos tradicionais. É uma concepção onde tudo está em harmonia com tudo; tudo está em tudo e cada um é responsável por esta harmonia. É uma concepção que não exclui nada e não dá toda importância a um único elemento, pois todos são passageiros de uma mesma realidade, são, portanto iguais.

No entanto, não se pode pensar que esta igualdade signifique uniformidade. Todos estes elementos são diferentes entre si, têm uma personalidade própria, uma identidade própria. Através de minhas leituras e viagens fui compreendendo, aos poucos, aquilo que o meu avô dizia sobre a sabedoria que existe em cada um e todos os seres do planeta.

Descobri que não precisa ser xamã ou pajé para chacoalhar o maracá, basta colocar-se na atitude harmônica com o todo, como se estivéssemos seguindo o fluxo do rio, que não tem pressa...mas sabe aonde quer chegar. Foi assim que descobri os sábios orientais; os monges cristãos; as freiras de Madre Teresa; os muçulmanos; os evangélicos sérios; os pajés da Sibéria, dos Estados Unidos, os Ainu do Japão, os Pigmeus; os educadores e mestres...descobri que todas estas pessoas, em qualquer parte do mundo, praticando suas ações buscando o equilíbrio do universo, estão batendo seu maracá.

Entendi, então, a lógica da teia. Entendi que cada um dos elementos vivos segura uma ponta do fio da vida e o que fere, machuca a Terra, machuca também a todos nós, os filhos da Terra. Foi aí que entendi que a diversidade dos povos, das etnias, das raças, dos pensamentos é imprescindível para colorir a Teia, do mesmo modo que é preciso o sol e a água para dar forma ao arco-íris.

Por Daniel Munduruku

Mulher, Dona de Si



Vocês já pararam para pensar na letra da música "Dona", do grupo brasileiro Roupa Nova? Eu sempre me encantei com o que a melodia dessa música e mais ainda com o significado que ela me traz.

Ela me fala no poder da mulher que Sabe do Seu poder. Daquela mulher que sabe o que quer, sabe o que sente, sabe para onde vai, e não permite que ninguém a impeça de seguir em frente, ou de parar quando sentir que deve parar. Mulher dona de si. Mulher que não se entrega diante das dificuldades, da dor de uma decepção. Que não esquece de si mesma, de sua essência, mesmo quando o mundo, o trabalho, os afazeres tentam fazê-la esquecer. Mulher que não se sente impura ou suja durante os dias em que menstrua, ela se sente simplesmente mulher. Que não sente vergonha de sentir prazer, ou de buscar esse prazer no corpo, na relação com o companheiro, pois sabe que esse é o prazer da Vida. Mulher que não se deixa ficar neurótica com as 'tendências da moda', ou com as calorias de uma barra de chocolate, ou com as ruguinhas que nasceram em seu rosto. Mas ela sabe que não há problema nenhum em comprar uma roupa nova, de fazer uma dieta equilibrada ou de usar um creminho no rosto para hidratar ou melhorar a sua pele... Pois a mulher gosta de se sentir bela, para si e para o mundo. Ela se enfeita tal como a natureza na primavera... 

E sem mais delongas, segue abaixo a letra da música que me referi. Que a música fale por si mesma...

À todas as mulheres que sabem do seu poder, que amam a si mesmas, que erguem alto suas asas e voam livre pelos ventos...


Dona 
(Roupa Nova)


Dona desses traiçoeiros
Sonhos sempre verdadeiros
Oh! Dona desses animais
Dona dos seus ideais

Pelas ruas onde andas
Onde mandas todos nós
Somos sempre mensageiros
Esperando tua voz

Teus desejos, uma ordem
Nada é nunca, nunca é não
Porque tens essa certeza
Dentro do teu coração

Tan, tan, tan, batem na porta
Não precisa ver quem é
Pra sentir a impaciência
Do teu pulso de mulher

Um olhar me atira à cama
Um beijo me faz amar
Não levanto, não me escondo
Porque sei que és minha
Dona!!!

Dona desses traiçoeiros
Sonhos sempre verdadeiros
Oh! Dona desses animais
Dona dos seus ideais

Não há pedra em teu caminho
Não há ondas no teu mar
Não há vento ou tempestade
Que te impeçam de voar

Entre a cobra e o passarinho
Entre a pomba e o gavião
Ou teu ódio ou teu carinho
Nos carregam pela mão

É a moça da Cantiga
A mulher da Criação
Umas vezes nossa amiga
Outras nossa perdição

O poder que nos levanta
A força, que nos faz cair
Qual de nós ainda não sabe
Que isso tudo te faz
Dona! Dona!
Dona! Dona! Dona!