Círculos de mulheres podem ser vistos como um movimento evolucionário e revolucionário que está escondido por trás de uma imagem aparente: parece ser apenas um grupo de mulheres reunidas, mas cada mulher e cada Círculo está contribuindo para algo muito maior (Jean Shinoda - "O milionésimo círculo").



31 de agosto de 2011

Encontro na Lua nova de agosto - confira!


Nosso encontro na lua nova de agosto, dia 30, aconteceu com um número pequeno de mulheres, três (um número mágico, por sinal rs). Mas a companhia agradável, a conversa fluida e o sentimento de amizade foi maravilhoso! Gratidão as que participaram deste encontro, ou as que mesmo longe nos enviaram bons pensamentos. Gratidão especial a Claudia, que nos recebeu com hospitalidade e generosidade em seu espaço. Beijo a todas!!

Obs.: Confira mais detalhes sobre como foi o encontro na página 'Encontros & Fotos'. 

27 de agosto de 2011

A Lua


"Minha lua, navega serena
Vai de Ipanema, ao céu do Irã
Para ela, a moda não é tudo
A guerra não duvida o dia de amanhã
Minha lua, corre apaixonada
E a passarada, segue teu corcel
Ó lua, ó nua rainha
Ó a lua é minha, é de quem quiser
Oh a lua, a lua é das princesas
E com mais certeza será dos garis
Dos cantores, dos trabalhadores
Será dos autores, quando a noite cair
E será também dos prisioneiros
Será dos canteiros e do chafariz
Oh lua, lua é da cidade
Da humanidade, e de quem quiser"

(Canto Lunar - Denise Emmer)

Essa é uma bela canção e que adoro ouvir, ainda mais na voz de Daniela Lasalvia, que também canta essa música.
Ela me faz pensar na universalidade da Lua, de sua luz e amor que se estende por todo o planeta e toca a todos nós. Brilhando todas as noites no céu (com exceção de três dias, quando ela se recolhe por detrás do véu noturno) a Lua nos mostra um dos maiores mistérios da vida, que é deixar-se morrer para então renascer.

Chamada e reverenciada em praticamente todas as culturas como Iaci, Luna, Selene, Arianrhod, Mamachilla, Chang-O, Ishtar, Inanna... e tantos outros nomes, a Lua exerce enorme influência sobre as plantações, as marés, os animais e os seres humanos, sobretudo as mulheres. Não nos esqueçamos que o corpo humano é composto de setenta por cento de água, e se a lua influencia as águas do planeta, ela pode influenciar muito bem as nossas águas...
A aproximação entre a lua e mulher é atestada há muito tempo e ocorre em diversos sentidos. O ciclo lunar tem quase a mesma duração que o ciclo menstrual, aproximadamente 29 dias (de uma lua cheia para a outra, e de uma menstruação para a outra).


A Lua nasce da escuridão (lua nova), com o tempo cresce a intensidade de seu brilho (crescente), fica plena de luz e beleza (cheia), e mingua, "morre" aos poucos (minguante) até mergulhar novamente na escuridão da noite (lua escura).
A mulher, por sua vez, durante seu ciclo menstrual, inicia seu período fértil, alcança o ápice de seu potencial de fertilidade, os hormônios afloram e estimulam a sua libido (desejo) e o desenvolvimento de seu corpo (algumas mulheres sentem seus seios e barriga incharem - devido a retenção de líquido em seu corpo - durante o período fértil, precisamente alguns dias antes de menstruar), até que, no caso de não ocorrer uma fecundação, o endométrio e o óvulo se 'desfazem', e assim desce o fluxo menstrual, sinalizando que nesses momentos a mulher não está fértil e seu útero está se renovando para iniciar em breve um novo ciclo...

As associações entre mulher e Lua se dão em outros sentidos também, como místicos e simbólicos (representados, por exemplo, no mito de Inanna, em sua descida ao submundo e retorno à superfície), além de hormonais e emocionais. Mas, o texto aqui se estenderia demais, e essa discussão fica para um outro momento.

Para terminar, vale fazermos algumas reflexões...
Como a lua me influencia? Em que lua me sinto mais ativa, dinâmica? E em qual me sinto mais introspectiva, calma? Meu ciclo menstrual está regular? Como faço para harmonizá-lo? Meditação? Exercícios físicos? Alimentação? Todos essas ações? Do que preciso me libertar? O que deve morrer em minha vida, em meus pensamentos, sentimentos, para que eu renasça? Para que a luz e o amor volte a brilhar? O que me faz feliz? Eu já olhei a lua hoje?

Que a Lua lhe inspire hoje e sempre...

Mayra Faro.




Sugestões de leitura:
"A Lua na sua vida: o poder mágico e as influências sobre as mulheres" (Donna Cunningham).
"Rubra Força: fluxos do poder feminino" (Monika Von Koss).
"Mulheres que correm com os lobos" (Clarissa Pinkola Estés).

25 de agosto de 2011

O Ecofeminismo



Sobre:
O Ecofeminismo originou-se dos movimentos sociais feminista, pacifista e ambientalista (ou ecologia) no final da década de 1970 (popularmente conhecida como “a segunda onda” do feminismo).

O Ecofeminismo sugere um convívio social com complementação e nunca exploração, sem os conceitos de dominante e dominado, evidencia a relação entre a dominação da natureza com as dominações por raça, gênero ou classe social pelo poder patriarcal, e busca o fim de todos os tipos de opressão.

Desta forma, os ecofeministas acreditam que tanto a exploração como a submissão da mulher estão fundamentadas na mesma razão proveniente à exploração da natureza e de outros povos. Assim como o meio ambiente, as mulheres são consideradas pelo capitalismo patriarcal como meio de produção ou exploração, que devem ser submetidas às supostas necessidades humanas.

Esse mesmo capitalismo apresenta intolerância diante de outros seres, espécies ou culturas que julga subordinados ao seu poder, sentindo-se no direito de dominá-los, tal qual ocorre com o meio ambiente e com a mulher.

O ecofeminismo pode ser considerado mais como uma corrente de mulheres que trabalham no movimento ambientalista, do que propriamente parte do movimento feminista (uma vez que esse não compartilha, exatamente, a tese da natureza enquanto “princípio feminino”).


História:

O termo Ecofeminismo foi originalmente utilizado pela francesa Françoise d´Eaubonne[1] em 1974 e simboliza a união do pacifismo, ambientalismo (ecologia) e feminismo, atuando inicialmente contra a construção de usinas nucleares, e posteriormente aplicado ao Movimento Chipko (Índia). Também sofreu influência dos movimentos antimilitaristas e antinucleares que eclodiram na Europa e Estados Unidos na década de 60.
O ecofeminismo apresenta em comum com os movimentos citados a idéia de descentralização (não-hierarquização), apoio ao desenvolvimento sustentável, busca de tecnologias não-agressivas ao meio ambiente e a superação da dominação patriarcal sobre os gêneros.
Iniciando com o ativismo ambiental de mulheres, na segurança ambiental e defesa da saúde, essa corrente ambientalista do feminismo firmou-se como corrente específica após o encontro promovido pelas Nações Unidas no Rio de Janeiro, em 1992, com a liderança de Petra Kelly.
Nesse evento, os debates entre o movimento das mulheres e o ambientalista relevaram tanto a importância do meio ambiente para a saúde física e mental dos seres, quanto a importância do despertar da cidadania feminina e a conscientização de seus direitos.
Dentre o ecofeminismo existem diversas correntes, desde as mais socialistas, até as mais liberais.Há também vertentes espiritualistas e esotéricas, e programas sócio-ambientais que compartilham os princípios ecofeministas, embora às vezes sua organização não se define como tal. Um exemplo de movimento ecofeminista internacional é o Woman´s Environment and Development Organization (WEDO), e nacional, a Rede de Defesa da Espécie Humana (REDEH) e Rede Mulher de Educação (RME).
[1] Mulher, francesa e feminista, deu origem ao ecofeminismo com seu trabalho “Le feminisme ou la mort” (“O feminismo ou a morte”).
(...)
Tendências:

O ecofeminismo pode ser dividido em três tendências:
1. Ecofeminismo clássico, na qual o feminismo denuncia a naturalização feminina como meio de justificar o patriarcado. Segundo esta tendência, a busca masculina pelo poder tem levado o mundo a guerras e à destruição do planeta e a ética feminina de proteção da vida se opõe à essência agressiva dos homens. Assim, as mulheres seriam pré-dispostas ao pacifismo e à conservação ambiental, e os homens teriam tendências à competição e à destruição;
2. Ecofeminismo espiritualista do Terceiro Mundo, originado nos países do sul, sofreu influência dos princípios religiosos de Ghandi [1] (Ásia) e da Teologia da Libertação [2] (América Latina). Atribui à cosmologia a naturalização da mulher, e afirma que o desenvolvimento da sociedade ocasiona a violência contra as mulheres e o meio ambiente, pela dominação e centralização do poder patriarcal. Caracteriza-se pela postura crítica contra as formas de dominação, tais como antisexista, antiracista, antielitista e anti-antropocêntrica;
3. Ecofeminismo construtivista, que defende que a relação da mulher com a natureza é originária de suas responsabilidades atribuídas. Embora compartilhe idéias contra as formas de dominação, não se identifica nem com o essencialismo nem com as fontes religiosas espirituais anteriormente citadas. Defende a necessidade de assumir novas práticas de relação de sexo e com a natureza.
Usualmente é associado ao nome “ecofeminismo” apenas a primeira tendência (clássica) e a teoria construtivista e as últimas tendências são pouco conhecidas.
As 3 tendências, embora distintas, apresentam os mesmos cuidados com o meio ambiente e com a vida e defendem o fim das formas de opressão à feminilidade. O ecofeminismo é um movimento plural e global com uma crescente comunidade de ativistas e teóricos.
[1] Princípios filosóficos não sangrentos, porém eficientes, inspirando os hindus para que mantivessem uma união disciplinada e conclamou a Humanidade para uma reflexão em que a bondade deve recair sobre bons e maus. Com fortes raízes espiritualistas, justificou plenamente a filosofia pacifista que empregou na sua missão. Conhecedor da imortalidade da alma e da pluralidade das existências, Gandhi foi à luta, consciente de que toda boa colheita só obtém êxito em campo lavrado.
[2] Fonte de reflexão teológica que impulsionou processos de renovação, modificando visões de mundo. Passou a ser um marco referencial para outros grupos que se consideram oprimidos: os cristãos pobres da África e da Ásia, as minorias discriminadas nos Estados Unidos (negros e hispanos) e os diversos movimentos feministas.
(...)
Importância:
O ecofeminismo contribui, seja pela sua visão teórica, seja pela prática das suas integrantes, na reflexão sobre a nossa responsabilidade como habitantes do planeta de assumir um novo paradigma, mais sustentável e equilibrado do ponto de vista ambiental.
Um exemplo da prática ecofeminista ocorreu no início do movimento, na qual um grupo de mulheres do norte da Índia protegeu mais de 25.900 km2 de bacia hidrográfica de uma floresta do Himalaia, uma vez que o desflorestamento de florestas causava deslizamentos de terras, inundações e erosão de solo. Conhecido como o Movimento Chipko, (palavra hindi que significa “agarrar”), recebeu este nome pela prática das manifestantes de impedir a derrubada de árvores fixando seus braços em volta do tronco (prática conhecida como “abraço na árvore”).
Alguns anos mais tarde um movimento ecofeminista no Quênia, Green Belt , iniciou a plantação de árvores para prevenir a falta de água local, os efeitos da erosão e os desafios causados pelo desflorestamento local. Metz afirma que “Como as mulheres da Índia, as mulheres do Movimento Green Belt reconheceram que protegendo e repovoando seu ambiente natural, elas estariam também estabelecendo os fundamentos na direção do desenvolvimento econômico equitativo”.
Como um meio de incorporar a visão feminina acerca dos problemas ambientais, o ecofeminismo por si só já contribui significativamente para o meio ambiente, uma vez que acrescenta idéias inovadoras, chamando a atenção para aspectos antes desconsiderados. Ao adicionar valor ao que não é considerado “economicamente relevante”, tal como qualidade de vida, cultura, valores; permite questionar novas visões de desenvolvimento. Segundo Emma Siliprandi, “O debate ecofeminista enfatiza o efeito das construções ideológicas nas relações de gêneros e nas formas de ação em relação ao meio ambiente”.

Fonte: http://www.ecofeminismo.com.br/

Oração a Mãe Terra



"Abençoado seja o Filho da Luz que conhece sua Mãe Terra.
Pois é ela a doadora da vida.
Saibas que a sua Mãe Terra está em ti e tu estás Nela.
Foi Ela quem te gerou e que te deu a vida.
E te deu este corpo que um dia tu lhe devolvas.

Saibas que o sangue que corre nas tuas veias.
Nasceu do sangue da tua Mãe Terra,
O sangue Dela cai das nuvens, jorra do ventre Dela.
Borbulha nos riachos das montanhas.
Flui abundantemente nos rios das planícies.

Saibas que o ar que respiras nasce da respiração da tua Mãe Terra,
O alento Dela é o azul celeste das alturas do céu.
E os sussurros das folhas da floresta.

Saibas que a dureza dos teus ossos foi criada dos ossos de tua Mãe
Terra.
Saibas que a maciez da tua carne nasceu da carne de tua Mãe Terra.
A luz dos teus olhos, o alcance dos teus ouvidos.
Nasceram das cores e dos sons da tua Mãe Terra.
Que te rodeiam feito às ondas do mar cercando o peixinho.

Como o ar tremelicante sustenta o pássaro.
Em verdade te digo, tu és um com tua Mãe Terra.
Ela está em ti e tu estás Nela.
Dela tu nasceste, Nela tu vives e para Ela voltará novamente.

Segue, portanto, as Suas leis.
Pois teu alento é o alento Dela.
Teu sangue o sangue Dela.
Teus ossos os ossos Dela.
Tua carne a carne Dela.
Teus olhos e teus ouvidos são Dela também.

Aquele que encontra a paz na sua Mãe Terra.
Não morrerá jamais,
Conhece esta paz na tua mente.
Deseja esta paz ao teu coração.
Realiza esta paz com o teu corpo"

(autor desconhecido)

20 de agosto de 2011

Encontro na Lua nova, dia 30/08



É com alegria que convidamos a todas para o encontro do círculo de mulheres Irmãs do Círculo!

Dia: 30/08
Hora:18:30 h
Local: Espaço Saúde e Vida

TEMA: A Lua e a Mulher

Roda de conversa - meditação - contação de mitos - danças circulares.

Aguardamos vcs lá!
Sigamos conectadas em amor, amizade e alegria!

Abraços com brisa de lua e cheiro de jasmin! :)

15 de agosto de 2011

Qual o Poder de Um Círculo de Mulheres?



(Texto escrito por Cirandda da Lua / Soraya Marianni, para o site www.stum.com.br).



O Círculo de Cura

Minha experiência com “Círculos de Mulheres" começou muito cedo. Ainda menina nas cirandas de roda, girávamos e cantávamos, celebrando a vida através dos passos cantados. Fui crescendo e percebi que nós, meninas, viramos moças e continuamos em roda para falar dos primeiros amores, dos medos, das alegrias. Então, percebi que as mulheres de minha família e também de outras famílias fazem parte de um grande “Circulo de Mulheres" que acolhe, conforta, aquece e transforma!

No meu trabalho como educadora pude observar novamente que as meninas sempre estão em roda e os meninos correndo, jogando bola... Não que as meninas não joguem bola e não corram, mas sinto que a necessidade da mulher de formar círculos é inerente à sua vontade. Também fui facilitadora de diversos grupos com os mais diferentes temas, onde por mais que eu abrisse a possibilidade da participação dos homens, meu maior público sempre foi o feminino. Inspirada nesta experiência de vida e com profundo embasamento teórico, hoje sou facilitadora de “Círculos de Mulheres” destinados ao Resgate do Sagrado Feminino.

O que é um Círculo de Mulheres e qual sua relação com o Sagrado Feminino?

“Você deve ter notado que tudo que um indígena faz é em Círculo. Isso acontece porque todo Poder do Mundo sempre trabalha em círculo e tudo tenta ser redondo... O céu é redondo e eu ouvi dizer que a Terra é redonda como uma bola e também as estrelas. O vento, no momento de seu maior poder, gira. Os pássaros fazem seus ninhos circulares, pois eles têm a mesma crença que nós... mesmo as estações formam um grande círculo de mudanças que sempre retornam ao seu início. A vida de um homem é um círculo que vai de infância a infância e assim é em tudo onde o poder atua.”
Black Elk, Homem Santo dos Oglala Sioux

Os círculos fortalecem um vínculo afetivo capaz de despertar a beleza e a verdade, a criatividade e a espiritualidade. É uma forma arquetípica que parece familiar à psique da maioria das mulheres. Ele é pessoal e igualitário. De acordo com Jean Shinoda Bolen "... quando um Círculo de mulheres está centrado, ele forma uma roda ou uma mandala invisível".

O Círculo reúne-se como que ao redor de um fogo sagrado no centro de uma lareira redonda. O centro é o que torna o Círculo especial ou sagrado. O centro invisível, como fonte de energia, compaixão e sabedoria.

No círculo, como na vida, as mais valiosas lições surgem do fato de termos feito o melhor nas circunstâncias mais difíceis. “O círculo e seus membros se desenvolvem através de situações difíceis.”

Também é um dos símbolos associados à Deusa e ao feminino. Representa os muitos ciclos da vida e nós, mulheres, carregamos em nosso corpo todas as Luas, todos os ciclos, o poder do renascimento e da morte. Sendo assim, este arquétipo está diretamente ligado à mulher.

O Poder do Círculo de Mulheres

Fazer parte de um grupo de mulheres é um grande compromisso com a vida, é um ato de coragem e de amor. Conhecer os segredos da vida, as vozes do inconsciente, o canto das fadas e o encanto dos seres do mundo paralelo é uma nova forma de viver, de envolver-se e de amar.

Se a lua habita no seu coração e você sente o convite do mistério como um canto de sereia, irresistível e belo, vem, solta seus pés como uma dançarina, abre um sorriso para a vida, use seus braços como asas de uma borboleta e voe para o sonho, porque o nosso Círculo de Mulheres está lhe esperando e uma nova mulher estará, então, entrando na Grande Mandala.

Enfim, se você, mulher, ainda não teve a oportunidade de participar de um Círculo de Mulheres, agora é o momento certo! Entre nesta viagem para Resgate de sua Alma!

Com amor.


(Fonte: www.stum.com.br/clube/artigos.asp?id=07666)

1 de agosto de 2011

Por onde se perde o tempo, para se tornar infinito...


"Por onde se perde o tempo, para se tornar infinito
Por onde se rasga a pele para se tornar céu
Todas as Mulheres se reencontram e curam em círculo
Aqui, Agora
De todas as nossas vozes ancestrais e presentes nasce a dança
A que nos Dança

Pela força da criação, fecundidade, destruição
Alquimia
Amor em perpétuo movimento
Silêncio, Absoluta Liberdade, Entrega"
(Chan Tu Mae)

Canta e Dança Mulher!


"Lembra mulher de quando teus pés descalços pisavam na terra molhada, depois da tempestade tão esperada

Recorda quando teus ouvidos sabiam compreender as mensagens que o vento assoprava para o teu espírito

Inspira fundo e sente o aroma daquela época onde viveste próxima aos frutos e às flores e tudo acontecia em tempo certo, sem apressamentos

Compreende que teu corpo e tua alma obedeciam à voz da Grande Mãe, e tua vida fluía plena de sabedoria, pois tu representavas a Deusa, o Sagrado Feminino, e de ti resplandecia toda a generosidade

Recorda que conhecias bem os mistérios da lua, tua irmã, e te guiavas por instintos e intuições, sonhavas com as respostas e cheia de confiança em teu coração guiava a tua vida e de tantos outros por caminhos seguros

Tua natureza, sempre disposta a dar vida e dela cuidar, ligada por estreitos laços aos ritmos e ciclos do universo, sabia cantar e dançar, e assim espalhava alegria pelo norte, pelo sul, pelo leste e pelo oeste, sem perder o teu centro

Rosa dos ventos e dos tempos, hoje estás novamente aqui, mas não te esqueça jamais de continuar a cumprir o teu sagrado papel

O Universo ainda carece do teu feminino...
Ah! Então canta e dança
E o destino dos homens se cumprirá!"

(Autoria desconhecida)

Despir a alma...




"Talvez,a verdadeira excitação esteja,hoje,em ver uma mulher despir-se de verdade-emocionalmente.
Nudez pode ter um significado diferente.


Muito mais intenso é assistir a uma mulher desabotoar suas fantasias,suas dores,sua história.
É erótico ver uma mulher que sorri,que chora,que vacila,que fica linda sendo sincera,que fica uma delícia sendo divertida,que deixa qualquer um maluco sendo inteligente.
Uma mulher que diz o que pensa,o que sente,o que pretende,sem meias verdades,sem esconder seus pontos fracos-aliás,deveríamos nos orgulhar de nossas falhas,é o que nos torna humanas e não bonecas de porcelana.

Arrebatador é assistir ao desnudamento de uma mulher,em quem sempre se poderá confiar.
Não é fácil tirar a roupa e ficar pendurada numa banca de jornal,mas difícil por difícil,também é complicado abrir mão de pudores verbais,expor nossos segredos e insanidades,revelar nosso interior.

Mas é o que devemos continuar fazendo.
Despir nossa alma e mostrar para valer quem somos,o que trazemos por dentro. Não conheço strip-tease mais sedutor..."

(por Glaucia Elena K. Pilar).